A minha revista preferida é a Mundo Estranho (ME), gosto dela por ser composta de varias curiosidades perfeita para alguém curiosa como eu. Mexendo no site encontrei essa “reportagem” muito intereçante para quem gosta de seriados policias. E como é a pericia de um crime na vida real? Gosto de assistir Medical Detectives, um seriado que mostra como vários assassinatos reais são resolvidos. Então fica a dica para quem gosta!
Como é a perícia de um crime?
por Artur Fonseca; Tiago Jokura
Primeiro, isola-se a cena do crime para uma equipe coletar pistas do que ocorreu - nem a polícia entra antes dela. A natureza de cada crime altera os detalhes da perícia, mas os procedimentos gerais depois de isolar a cena são: observação, registro e coleta de evidências, análises laboratoriais das evidências e conclusão - laudo com listagem das pistas encontradas e possíveis associações entre elas. A operação é coordenada por um perito criminal, com a colaboração de especialistas. "Os laboratórios ajudam o perito a obter uma convicção técnica sobre o caso antes de redigir o laudo com sua conclusão", explica Francisco La Regina, perito do Instituto de Criminalística de São Paulo. O órgão, que faz todas as perícias do estado, tem mais de dez departamentos, especializados, cobrindo desde ocorrências de trânsito a falsificação de documentos. A perícia, no entanto, não interroga testemunhas nem suspeitos, como rola nos seriados da TV. Isso é papel dos investigadores de polícia.
Jogo de cena
Uma equipe de profissionais entra em cena para desvendar o crime enquanto a polícia assiste do lado de fora .
TÁ LÁ O CORPO ESTENDIDO
Ainda na cena do crime, o perito faz um exame perinecroscópico: análise externa do cadáver e do que está ao seu redor. O local e a posição em que o corpo está e o tipo de lesões visíveis fornecem indícios a ser complementados pela autópsia.
CAÇA-PISTAS
CAÇA-PISTAS
O perito criminal chefia a equipe de perícia. Seu trabalho é encontrar e encaixar peças que remontem o quebra-cabeça do crime. Para isso, ele observa e anota detalhes da cena, o corpo e a presença de armas, de sinais de luta, de arrombamento etc., além de coletar vestígios.
MALA DE UTILIDADES
O perito dispõe de acessórios para observar e coletar evidências. Luvas e jalecos evitam que ele "suje" a cena do crime. Luzes especiais realçam pistas discretas, como manchas de sangue apagadas ou resquícios de matéria orgânica.
"OLHA O PASSARINHO"
O fotógrafo forense apoia a perícia registrando a cena sob direção do perito criminal - é ele quem indica o que deve ser fotografado e sob que ponto de vista. As fotos ilustram o relatório final e auxiliam na reconstituição do crime, quando necessário.
Tudo que está na cena do crime pode fornecer pistas sobre o que rolou ali, desde a posição dos objetos até as dimensões do cômodo. A distribuição e a forma das gotas de sangue, por exemplo, podem indicar a direção de um tiro e a posição da vítima durante a ação.
TOCOU, ASSINOU
O datiloscopista é um especialista em detectar e coletar "impressões latentes", ou seja, marcas de gordura deixadas pelo relevo da nossa pele em superfícies lisas. O procedimento básico da coleta é assoprar um pó sobre a digital, que adere à gordura e carimbar um papel especial.
NINGUÉM ENTRA
O isolamento da cena do crime é fundamental para o trabalho da perícia. Quem cerca a área é a Polícia Militar que, geralmente, é quem recebe a ocorrência e chega primeiro ao local. A obrigação de isolar a cena está prevista até no Código Penal brasileiro.
• Padrões em manchas de sangue são medidos, indicando a posição da vítima ao ser atingida e até se o ferimento foi provocado por tiro ou facada.
• As impressões mais comuns são as digitais, mas ranhuras do pé e até da lateral da mão são exclusivas de cada indivíduo e servem para identificar suspeitos.
Corpo em evidência
Nos bastidores, médicos e dentistas especializados investigam cadáveres em busca de pistas .
ABRE E FECHA
Se houver algum morto na cena, o corpo é encaminhado para um médico-legista fazer a autópsia - análise interna do cadáver - em busca das circunstâncias, da hora e da causa da morte.
SÓ O PÓ
Se um corpo é queimado ou enterrado, antropólogos e odontologistas forenses entram em cena para identificá-lo usando o que sobrou dos ossos e da arcada dentária, respectivamente.
PRAZO VENCIDO
Se o corpo estiver em decomposição, um entomólogo - especialista em insetos - entra em ação para estimar a época da morte pela quantidade e tipos de bichos no cadáver - ou no que restou dele.
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